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Foto do escritorDra. Priscilla Sodré

Quando eu devo levar a minha filha ao ginecologista pela primeira vez?


Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Esse é um problema que afeta muitas mulheres e imigrantes

Essa é uma dúvida frequente de várias mães e pais. Nesse mês vamos abordar esse assunto, muitas vezes delicado e que traz muitas dúvidas.


A consulta a um ginecologista para uma criança é uma exceção e deve ser considerada apenas em situações médicas específicas. Para a maioria das crianças, o cuidado primário com um pediatra é suficiente até que elas atinjam a idade adequada para o acompanhamento com um ginecologista, geralmente na adolescência ou quando ocorrerem questões específicas de saúde reprodutiva.


No entanto, a partir dos 9 anos as meninas podem começar a apresentar mudanças físicas e comportamentais que indiquem que a adolescência está chegando. Broto mamário, pelos axilares e pubianos, alteração dos odores corporais são os sinais de que essa fase está começando. Normalmente, a menstruação ocorre após o término do desenvolvimento dos pelos pubianos.


É crucial que os pais tenham conhecimento das necessidades de saúde específicas de suas filhas e estejam preparados para fornecer o apoio necessário. Os pais desempenham um papel crucial na saúde reprodutiva de suas filhas. É importante criar um ambiente aberto e de confiança para que um adolescente se sinta à vontade para discutir suas preocupações e perguntas. Os pais também devem educar suas filhas sobre a importância da saúde reprodutiva e da higiene pessoal desde cedo, para que elas estão preparados para as mudanças que ocorrerem em seus corpos.


O ginecologista é aliado dos pais nessa fase repleta de desafios, o médico tem um papel fundamental não só na promoção da saúde, mas também na educação reprodutiva e sexual de crianças e adolescentes. Esses assuntos devem ser envolvidos sem tabus, tão logo a criança apresenta curiosidade e maturidade para o tema. A educação é a principal ferramenta para evitarmos gravidez e doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes. A escolha de um profissional apto a atender e discutir abertamente e de forma delicada esses temas é extremamente importante, pois será o primeiro contato do adolescente com uma especialidade médica que a acompanhará por toda a vida, por isso a importância de ela se sentir acolhida e confortável.


Existem algumas ocasiões em que uma visita ao ginecologista é indicada, como, por exemplo:


Início da menstruação

Um dos principais marcos que indicam que é a hora de dar à luz uma menina ao ginecologista é o início da menstruação. Isso geralmente ocorre entre os 9 e 16 anos, embora possa variar. A primeira visita ao ginecologista pode ser uma oportunidade para esclarecer dúvidas e receber orientações sobre o ciclo menstrual, higiene e contracepção, dependendo da idade e das necessidades do adolescente.


Problemas menstruais Se a menina está enfrentando problemas menstruais significativos, como períodos extremamente dolorosos, menstruação irregular ou abundante, é aconselhável consultar um ginecologista. Esses sintomas podem indicar problemas de saúde subjacentes que precisam de tratamento.


Dores pélvicas Se a adolescente reclamar de dores pélvicas persistentes ou desconforto na área genital, isso também pode ser um sinal de que é hora de consultar um especialista. Tais sintomas podem ser indicativos de condições como infecções, endometriose ou cistos ovarianos.

Início da vida sexual Se a adolescente está considerando iniciar sua vida sexual ativa, é importante discutir isso com um ginecologista. O profissional pode fornecer informações sobre contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e realizar exames de rotina.

Outras preocupações de saúde Além dos casos mencionados acima, é aconselhável levar uma menina ao ginecologista se ela tiver outras preocupações de saúde relacionadas ao sistema reprodutivo, como infecções recorrentes, secreções anormais ou quaisquer outras questões que a deixem desconfortável.


Levar uma menina ao ginecologista é um passo importante no cuidado de sua saúde reprodutiva. É essencial estar atento aos sinais de que chegou a hora certa para essa visita e estar preparado para apoiar e orientar a adolescente nessa jornada. Ao criar um ambiente de confiança e comunicação aberta, os pais podem desempenhar um papel significativo no cuidado da saúde de suas filhas durante a adolescência e além. Lembre-se de que cada menina é única, e as necessidades de saúde reprodutiva podem variar, por isso, é fundamental adaptar as orientações apropriadas a cada situação individual.


Vamos cuidar com carinho das nossas meninas, o futuro de uma vida adulta saudável e feliz começa na infância e adolescência.




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